DICAS CULTURAIS

   filme   

Infiltrado na Klan

 

O mais recente trabalho do diretor norte-americano Spike Lee (conhecido por Malcon X e Faça a Coisa Certa), Infiltrado na Klan, é uma comédia dramática que desvela o passado e o presente das tensões raciais nos Estados Unidos. O filme conta a história de Ron Stallworth, contratado em 1970 como o primeiro policial negro de uma cidade no Colorado, infiltrando-se na divisão local da KuKluxKlan. Se passando por um homem branco por telefone, Ron acaba por recrutar um colega oficial branco para o representar nas reuniões do grupo que se opõe aos direitos dos negros. O filme é baseado nas memórias de Ron Stallworth, já publicadas em português pela editora Seoman, sob o título “Infiltrado na Klan: desmascarando o ódio”.
 
De uma maneira irônica, o filme mostra a superficialidade e o absurdo dos argumentos contrários aos direitos das minorias raciais e incita a discussão a respeito do atual clima de recrudescimento dos debates em torno da proteção das pessoas negras nos Estados Unidos e no Brasil. (Angelo Brandelli Costa – conselheiro CRPRS).
 
 
 

   literatura   

A arte de ser infeliz

 

“A arte de ser infeliz, desarmando armadilhas emocionais” cumpre seu destino junto ao leitor já em seu título, instigando a relê-lo, pois de imediato queremos associar habilidade com felicidade. A provocação leva o leitor a uma reflexão de que a vida (por seus comportamentos) pode, através de dificuldades e sofrimentos, remeter à infelicidade. 
 
O livro percorre, por diferentes narrativas, os caminhos do comportamento humano com seus conflitos e embustes.Alicerçado por histórias e experiências, procura esclarecer as “armadilhas emocionais” que estamos sujeitos quando desconhecemos nossa própria vida interior, ou seja, nosso jeito de ser! O autor – com afeto e competência – desbrava este caminho, por meio de linguagem simples e acessível, reforçando a cada momento a necessidade de reconhecer  o outro em sofrimento. 
Não é um livro eminentemente técnico, nem tão pouco de autoajuda. Navega, elegantemente, entre orientações e divagações sobre o viver e seus desafios. Não pretende ditar regras, mas ousa ao propor desafios! Reitera que ainda necessitamos uns dos outros e que amar, para além dos clichês e receitas tradicionais, segue sendo a força que constituí todos nós como seres humanos. (Lucio Fernando Garcia – coordenador da Área Técnica do CRPRS).