GT Biossegurança Covid-19
e o cuidado à categoria de psicólogas/os

 

O Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul vem trabalhando intensamente no acompanhamento da evolução da pandemia do novo coronavírus e os sentimentos que nos movem são a preocupação com a vida, o zelo com nossa categoria e a ética do cuidado coletivo. O que vivemos é uma situação inédita, embora o acúmulo de discussões sobre a conjuntura evidencie que não é inesperada ou surpreendente. Muitas são as crises dentro desta crise, assim como são muitas as realidades frente a ela. O horizonte de nossas escolhas é a proteção da vida das psicólogas e psicólogos e da sociedade à qual prestamos nosso trabalho. O tempo que nos move é a urgência frente ao risco de quem não pode ficar em casa. Por isso, temos concentrado esforços em acompanhar o impacto da pandemia nos diferentes cenários de atuação profissional e orientar a categoria para que sua atuação ocorra em condições seguras e pautadas pela ética do cuidado pela vida acima de todos os outros valores. Instituímos o GT de Biossegurança a partir da percepção da complexidade deste cenário novo e dinâmico para as condições de trabalho e atuação. Com ele, iniciamos o mapeamento das condições de trabalho de psicólogas/os no contexto da pandemia. O GT pretende, também, planejar e executar ações de orientação a gestoras/es públicos e privados de espaços com atuação de psicólogas/os; construir diretrizes com respaldo técnico para o exercício da profissão considerando a pluralidade do exercício profissional; contribuir com a proteção das/os trabalhadoras/es de políticas públicas essenciais.

 

 

Nossas primeiras medidas foram tomadas com base na necessidade de proteger quem não tem a opção de ficar em casa e que está exposto/a diretamente ao risco, muitas vezes fazendo uso de EPIs inadequados ou irregulares - trabalhadoras/es das políticas públicas e sociais essenciais cujas/os gestoras/es não estão cumprindo com a disponibilização de EPIs e condições de biossegurança no meio ambiente de trabalho, podendo ser vetores de contágio para usuárias/os.

 

Para isto, concentraremos esforços na aquisição e disponibilização de máscaras como medida emergencial para a proteção imediata de quem está totalmente desprotegido/a e sem respaldo das/os gestoras/es. O ineditismo e o dinamismo da situação não nos permitem muita previsibilidade, e será necessário avaliar e rever prioridades e urgências ao longo da distribuição desse EPI. O que sabemos ao certo é que esta ação não se sobrepõe às obrigações das/os gestoras/es (às quais seguiremos vigilantes) e que será um desafio logístico cuja resposta será apenas parcial, diante de um problema de magnitude incerta a médio e longo prazo, mas entendemos que a ausência de certezas não deve nos impelir à ausência de ações.

 

 

Contratamos uma assessoria de biossegurança para que possamos contar com respaldo técnico para a interpretação sistematizada das recomendações e normativas de vigilância sanitária e indicações técnicas e científicas que contemplem os diferentes cenários de trabalho dos campos psi e construir diretrizes específicas de biossegurança a serem adotadas de acordo com o ambiente e característica de cada contexto de trabalho. Desejamos contribuir, com isso, para que o trabalho das/os psicólogas/os das diferentes áreas de atuação possa se dar com o máximo de prevenção e segurança possível, com a compreensão dos cuidados necessários para cada contexto – não apenas do uso de máscaras, mas do conjunto de ações, comportamentos e condições ambientais – e auxiliar também, por meio de orientação, gestoras/es públicos e privados de espaços com atuação de psicólogas/os.

 

GT Biossegurança Covid-19

 

 

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