No dia 25 de julho, celebramos o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, uma data de extrema importância para destacar a luta e a resistência dessas mulheres contra o racismo e o machismo que historicamente as oprimem. Essa data foi criada em homenagem ao 1º Encontro de Mulheres Negras Latino-Americanas e Caribenhas, realizado na República Dominicana, em 1992. O objetivo desse encontro era unir essas mulheres, fortalecer suas vozes e visibilizar suas pautas em uma luta comum por igualdade e justiça.
No Brasil, desde 2014, neste mesmo dia, também celebramos o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola de destaque, que resistiu à escravidão e lutou pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança. Essa data reforça o compromisso com a luta contra a desigualdade racial, de gênero e social, buscando construir um país mais justo, plural e digno para todas.
Infelizmente, a realidade das mulheres negras na América Latina e no Caribe ainda é marcada por altos índices de violência e opressão. Dos 25 países com os maiores índices de feminicídio no mundo, 15 estão nessa região. Mulheres negras são mais frequentemente vítimas de violência obstétrica, abuso sexual e homicídio, conforme relatado no Mapa da Violência de 2016.Parte superior do formulário
A articulação entre mulheres afrodescendentes da América Latina e do Caribe é uma ferramenta poderosa no combate ao racismo estrutural e à opressão imposta pelo sistema capitalista e pela branquitude. Aumentar a representação política e a presença de mulheres e pessoas negras em cargos de poder tem sido um desafio, mas é uma mudança necessária para combater as desigualdades históricas.
Em 2022, vimos um exemplo importante disso no Brasil, ocorreu um feito inédito: a eleição de 29 deputadas federais negras, incluindo duas do Rio Grande do Sul. Essa representatividade é essencial para garantir que as vozes das mulheres negras sejam ouvidas e que suas lutas sejam incorporadas nas políticas públicas e decisões importantes que afetam a sociedade como um todo.
Neste Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul, vem homenagear e honrar a resistência e a contribuição das mulheres negras que trabalham no CRPRS e que integram a atual gestão.
Ayanna de Campos Bueno
Camila de Freitas Moraes
Camila Dutra dos Santos
Dora Silva dos Santos
Giulia Victória Borges
Hanna Paula Biskup Fagundes
Leticia Lemos da Silva
Marizelda Santana Ribeiro
Míriam Cristiane Alves
Neli Teresinha Marques Silva
Silvia Edith Duarte Marques
Thaíse Mendes Farias