No dia 28 de maio é celebrado o Dia Internacional da Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, datas importantes para refletir o quanto precisamos avançar nas políticas de saúde para mulheres e nos direitos ligados a suas sexualidades.
Ainda nos dias de hoje, direitos contraceptivos, informação e disponibilidade de diferentes métodos não são oferecidos a todas as mulheres. Isso vem ao encontro de uma política conservadora que nega direitos sexuais e reprodutivos.
Enquanto países da América Latina e da África, em sua maioria, criminalizam o aborto, países da Europa têm essa prática regulamentada, permitida e segura. Isso mostra a lógica do corpo como um produto e da mulher como um corpo a serviço dos interesses do Estado Colonial. Os resquícios dessa colonização impedem as mulheres de terem pleno acesso a direitos contraceptivos e também ao aborto legal e seguro. Esse cenário propicia o aumento da mortalidade materna e da violência obstétrica e atinge, principalmente, mulheres que estão em situação de vulnerabilidade, sobretudo negras, indígenas e pobres.
Vale lembrar que mulheres trans e travestis também têm seus direitos de saúde negados, sobretudo porque é raro quem atenda às suas demandas específicas, o que não é uma mera falta, mas um posicionamento político de simplesmente ignorar as necessidades dessa população, revitimizando-as numa sociedade que as coloca em estado de vulnerabilidade e risco.
Neste dia, o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul convida a categoria e a sociedade a refletir sobre o quanto ainda estamos atrasados em relação a políticas públicas de saúde, à informação, à educação e à emancipação de todas as mulheres.