A Comissão de Políticas Públicas promoveu em 26/11 a reunião temática "Pelo fim do manicômio judiciário: desafios e possibilidades", no auditório do CRPRS, em Porto Alegre. Na atividade, estiveram presentes a conselheira presidente da Comissão de Políticas Públicas, Cristiane Pegoraro, a conselheira presidente da Comissão de Direitos Humanos, Caroline Pereira, e a conselheira integrante do Núcleo do Sistema Prisional, Luciane Engel. O encontro contou com a participação da psicóloga Rafaela Brasil, da equipe de desinstitucionalização do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), e de Daniel Paiva e Jéssica Abruzzi, acompanhantes terapêuticos integrantes da equipe matricial da Fundação de Atendimento Socioeducativo (FASE).
Em sua fala, Daniel Paiva e Jéssica Abruzzi trouxeram a experiência do trabalho realizado na FASE, com equipe multidisciplinar, por meio da Comunidade Socioeducativa e do Centro de Atendimento Socioeducativo. Em sua atuação, buscam desenvolver a intersetorialidade com agentes e equipe técnica, por meio de seu trabalho de acompanhamento terapêutico. No processo, salientaram também a importância da qualificação das saídas dos jovens que podem fazer saída externa e os de semiliberdade, por meio do treinamento em acompanhamento terapêutico dos agentes que saem com eles.
A psicóloga Rafaela Brasil, em sua fala, contou como ocorre a ida de uma pessoa para Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), quando é considerado inimputável por meio de avaliação de responsabilidade penal. Isso ocorre após avaliação psiquiátrica, que, a pedido do médico, pode contar com um exame complementar psicológico, e é enviada ao juiz. Em sua fala, relatou a experiência da equipe de desinstitucionalização, que conta com profissionais da Psicologia, Assistência Social e Terapia Ocupacional. No processo, Rafaela salientou a importância do sujeito se responsabilizar por seu ato. A psicóloga também trouxe a relevância do desenvolvimento do trabalho articulado com as redes de Saúde Mental, Cultura e Educação.