Em 13/08, a Subsede Serra promoveu a atividade “Famílias: atuação do/a psicólogo/a em diferentes contextos”, em Caxias do Sul. O evento, alusivo ao Dia do/a Psicólogo/a, teve como objetivo debater sobre o tema família em diferentes contextos de atuação do/a psicólogo/a: clínica, organizacional e políticas públicas.
A atividade iniciou com a fala da psicóloga Tatiane Baggio, conselheira do CRPRS, que deu as boas-vindas e esclareceu que a escolha do tema do evento se deve ao contexto atual, em que vem sendo do discutido o conceito de família, de grande importância para a prática do/a profissional psicólogo/a. Tatiane apresentou dois vídeos: o primeiro foi o da campanha do Dia do/a Psicólogo/a do CRPRS, "Tecer Possibilidades"; no segundo, e "O que é família?", diferentes pessoas falam de sua definição de família a partir de sua vivência, como disparadores da discussão.
Letícia Becon Vargas, psicóloga especialista em Psicologia Organizacional, comentou diferentes casos de sua atuação nessa área, com ênfase nas intervenções realizadas em empresas familiares. A psicóloga salientou que neste tipo de organização, muitas vezes as articulações e escolhas de lideranças se dão pelos vínculos de afeto. Por conta disso, os conflitos presentes são em grande parte emocionais, e não organizacionais. “Nós como psicólogos nessa atuação devemos um entendimento psicodinâmico e uma ação objetiva. [...] Temos que fornecer feedback e ações para que as pessoas atinjam seus resultados, tendo muitas vezes que promover uma conversa difícil, em uma situação de crise na família, para que isso venha à tona e o conflito cesse”, afirmou Letícia.
O evento teve continuidade com a fala de Amélia Dolores Berti, psicóloga clínica que tem sua atuação voltada à família. Amélia apontou a importância da atuação nas três gerações e do aperfeiçoamento constante do/a profissional. A psicóloga salientou, ainda, que, a partir de um olhar sistêmico, verifica-se que o todo fica prejudicado na família quando alguém não está bem. Desse modo, para cada caso, devem ser utilizadas diferentes linhas terapêuticas para a intervenção. Amélia apresentou, em sua fala o genograma, instrumento utilizado com a finalidade de possibilitar o melhor entendimento de cada caso e nortear a atuação do/a psicólogo na família. Conforme a psicóloga, é preciso considerar o legado familiar, compreendendo as demais gerações, “pois funcionamos num esquema de lealdades invisíveis: uma geração tem que tirar a diferença da outra”.
Ao final, foi aberto o espaço para as perguntas dos participantes. Psicólogos/as e estudantes presentes à atividade debateram com as palestrantes aspectos sobre a atuação dos/as profissionais em diferentes espaços, as políticas públicas e questões de legado familiar.
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