O dia 18 de maio marca, no Brasil, o “Dia Nacional da Luta Antimanicomial”, movimento que questiona a produção de estigmas e exclusão social quanto à loucura e propõe a construção de uma sociedade sem manicômios, com mudanças no cenário da atenção à saúde mental, a partir da Reforma Psiquiátrica no Brasil.
O Sistema Conselhos de Psicologia tem sido parceiro dessa luta ao longo desses anos combatendo as lógicas de exclusão e contribuindo para a construção de práticas inclusivas. O CRPRS, em particular, participa efetivamente em diferentes espaços de controle social, nos quais, através de seus representantes, defende a necessidade urgente de implantação e de implementação dos espaços de atenção substitutivos ao modelo manicomial.
Contraditoriamente, nesta mesma época do ano, costumamos acompanhar movimentos que tentam trazer a cena social, através da mídia, notícias em torno da necessidade de ampliação de leitos psiquiátricos como solução para uma suposta “desassistêcia” a que estão sujeitos os usuários dos serviços de saúde mental. Pautados pela lógica da integralidade, não podemos entender como ações de atenção à saúde mental podem se efetivar em instituições que estigmatizam, excluem e proíbem a participação de outros elementos no processo terapêutico que não os puramente biomédicos.
Desta forma, o CRPRS, através da Comissão de Políticas Públicas, se junta às milhares de vozes que, ao longo de mais de 20 anos tem lutado, apoiadas nos direitos humanos, por mudanças no modelo assistencial e conclama os psicólogos e à população em geral a participar das discussões sobre esse tema, a posicionar-se criticamente e contribuir para assegurar serviços inclusivos.