O Brasil se tornou signatário da Declaração e Compromissos da International Psychology Network for Lesbian, Gay, Bisexual, Transgender and Intersex Issue (IPsyNet). O documento foi redigido por associações de Psicologia de todo o mundo e estabelece os princípios gerais de como se relacionar profissionalmente com as pessoas LGBTQI+.
O documento, que tem o Conselho Federal de Psicologia entre seus apoiadores, relaciona maus tratos psicológicos e discriminação com desrespeito aos direitos humanos e compreende as identidades LGBTQI+ como “variações saudáveis do funcionamento humanos e suas relações”.
A Carta apresentada durante a programação do 29º Congresso Internacional de Psicologia Aplicada, realizado em Quebec, no Canadá, diz ainda que a falta de informação das/os profissionais da Psicologia sobre as pessoas e identidades LGBTQI+ perpetua a discriminação e os estereótipos e potencializa o abuso à saúde física e mental.
“Advogamos para que as pessoas LGBTIQ+ sejam incluídas como conhecedoras e parceiras ativas no desenvolvimento de investigação e políticas, nas práticas investigativas e profissionais que as concernem. Nós apoiamos o desenvolvimento de investigações psicológicas e educativas não heteronormativas ou cisnormativas. Ademais, proporcionamos conhecimentos psicológicos para redes psicológicas, diferentes organizações, gestores de políticas, meios de comunicação e ao público em geral”, completa o documento.
Além do Brasil, a Carta da IPsyNet é assinada por entidades representativas de psicólogas/os de diversos países, entre eles Canadá, Colômbia, África do Sul, Estados Unidos, Austrália, Grã-Bretanha e Rússia.
O documento pode ser acessado na íntegra aqui, em tradução de Marco Aurélio Máximo Prado, Igor Ramon Lopes Monteiro e Reynel Alexander Chaparro Clavijo, do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).