O CRPRS, por meio do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coepede), recebeu psicólogas/os e a comunidade na quarta-feira (26/07) para debater os desafios das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A mesa redonda contou com dois convidados especiais: Valdair da Rosa Silva, vice-presidente do Coepede, e Rafael Giguer, auditor da Superintendência Regional do Trabalho. O debate foi mediado pela conselheira Mariane Teixeira Netto Rodrigues.
Segundo Valdair, o mercado de trabalho para das pessoas com deficiência vive um momento de retrocesso. "Por isso é uma satisfação estar aqui debatendo sobre esse tema em um momento tão difícil para nós, no mercado de trabalho", disse o presidente do Coepede.
Proposto a listar os desafios e as opções para melhorar o desempenho das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, Rafael ponderou: "Esse é o momento de abrirmos brechas, de admitirmos os desafios e criarmos condições alternativas para que nos momentos de crise as pessoas com deficiência não sejam as primeiras a serem demitidas", enfatizou.
Engajadas/os com o tema, as/os participantes se apresentaram e compartilharam suas histórias. Dúvidas sobre a Lei de Cotas, como quem se encaixa e quais os direitos, foram esclarecidas pelos convidados. A participante Márcia, que trabalha em uma consultoria para inclusão de pessoas com deficiência, salientou a importância do debate para se pensar soluções também para outras questões: "Enfrentamos muitas dificuldades na inclusão de pessoas esquizofrênicas e principalmente no transtorno bipolar. A acessibilidade dessas pessoas é importante", afirmou.
A conselheira Mariane Teixeira Netto Rodrigues ressaltou a importância do evento para a categoria das/os psicólogas/os, já que muitas vezes as/os profissionais atuam diretamente no processo seletivo de pessoas com deficiência dentro das organizações e desconhecem a realidade dessas pessoas."Com esse evento, acredito que o CRPRS, dentro da sua pauta de acessibilidade, proximidade, descentralização e transparência, atende a uma necessidade de gestão voltada para a pessoa com deficiência", finalizou.