No ano em que o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, completa dez anos, o CRPRS destaca a importância do testemunho para a Psicologia e para a construção de uma memória coletiva. Seja no desastre da Kiss, na pandemia da Covid-19, na ditadura civil-militar, no extermínio de populações e em outras situações de violências e traumas, o testemunho surge como potente ferramenta para romper o silenciamento. Assim surge a edição nº 92 da revista EntreLinhas, alusiva aos dez anos do incêndio na Kiss.
No "Relato de Experiência", a equipe do Santa Maria Acolhe retoma a história da organização da Rede de Atenção Psicossocial na cidade após o caso da Kiss. Na seção "Reflexões", o psicólogo Gabriel Rovadoschi Barros, atual presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, destaca a importância da cidade de Santa Maria reconhecer essa história e fala das diferentes maneiras com que a cidade tem se manifestado sobre a Kiss. Já em "Perspectiva", a psicóloga Bruna da Silva Osório Pizarro resgata seu pertencimento à história e à memória da Kiss ao longo desses dez anos. E no "Observatório de Direitos Humanos", convidamos a representante da Associação das Vítimas da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) perante à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Tâmara Biolo Soares, a refletir sobre injustiça e impunidade no caso Kiss.
Ampliando o tema, na seção Psicologia e Pesquisa, a psicóloga Normanda Araújo de Morais fala do fenômeno da resiliência comunitária. E nas páginas de Orientação e do CREPOP são apresentadas normativas que orientam a atuação profissional diante de emergências e desastres.
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