O encontro formado com 70 palestrantes e 13 mesas temáticas, com foco nas boas práticas de ensino das pessoas atípicas nas escolas, em especial os estudantes com deficiência.
Na sexta-feira, 24/03, o conselheiro Luis Henrique da Silva participou da mesa de abertura. O tema da mesa foi Educação Inclusiva e o Panorama Gaúcho, no qual foi proposto um pacto pela inclusão escolar no Rio Grande do Sul. O conselheiro enfatizou o quanto a Psicologia produziu práticas adaptacionistas e os desenrolamentos que iniciaram para o agravamento do capacitismo. “Nossa luta diária, enquanto categoria, é nos aproximarmos do entendimento de um modelo social de deficiência, entender as singularidades e necessidades de cada sujeito, para assim transformar e construir espaços de inclusão a todos”, destacou.
No sábado, segundo dia, o conselheiro Rafael Carneiro e o colaborador Vinicius Pasqualin integraram a mesa “A prevenção da violência e do capacitismo na escola, a Psicologia e a justiça restaurativa para a inclusão”. Rafael falou sobre o reflexo do capacitismo nas políticas públicas e sobre o papel da Psicologia na desconstrução disso, principalmente no contexto escolar.
O colaborador Vinicius Pasqualin fez uma crítica à intersetorialidade que acontece de modo individualizado e não de uma forma de produção de rede, provocando uma produção de violências e fracassos escolares. “Por isso, precisamos produzir políticas públicas amplas, pensar para que público estamos trabalhando e que projeto de sociedade vamos formar”, afirmou Vinicius.
O encontro buscou visibilizar as estratégias de políticas públicas para prevenção de violências, geralmente colocadas de maneira equivocada, ignorando o contexto, o território, a linguagem, as histórias, não produzindo redes de cuidado efetivas, para que se possa aprender.