No dia 22/03, às 18h, o CRPRS realizou uma live para informar acerca da vacinação contra a Covid-19 em Porto Alegre, que foi retomada na última terça-feira, 23/03, para profissionais da saúde. Durante a transmissão, foram respondidas, ainda, perguntas feitas pelas/os participantes.
A atividade foi conduzida pela conselheira secretária, Roberta Gomes, e pela vice-presidenta do CRPRS, Cristina Schwarz, e teve como propósito elucidar o que pôde ser apurado junto à Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre sobre esta etapa da vacinação - anunciada na última sexta-feira, 19/03, pela SMS/POA - e contribuir para dirimir as muitas dúvidas que chegam, decorrentes da divulgação pouco detalhada da SMS. O evento também se propôs a explicar os limites institucionais do Conselho em relação à vacinação e reforçar a mobilização coletiva pela ampliação para outros grupos de trabalhadoras/es de políticas públicas essenciais e para toda a população.
“Esta etapa da vacinação vai abrir possibilidades para alguns grupos de profissionais de Porto Alegre que estão na atividade profissional presencial, em sua maioria, na linha de frente contra a Covid-19.”, destacou a vice-presidenta do CRPRS.
Durante a reunião, as respostas sobre o tema se voltaram, especificamente, para quem está ou não contemplado neste grupo de profissionais de saúde. Segundo informado pela Vigilância em Saúde ao CRPRS, os profissionais contemplados nesta etapa da vacinação são os que pertencem às profissões da saúde listadas no plano municipal de vacinação (médicos, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, biólogos, biomédicos, farmacêuticos, odontólogos, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais, profissionais da educação física e médicos veterinários, que são reconhecidos pelo Conselho Nacional de Saúde como profissionais da saúde, independente do contexto de atuação) e devem preencher dois critérios:
1) estar atuando na profissão em atendimento direto a pessoas ou em gestão de serviços
2) esta atuação se dar de modo presencial.
O CRPRS preparou uma notícia com tudo que a/o profissional de Psicologia precisa apresentar nas farmácias credenciadas para receber a vacina. Clique aqui para acessá-la. “Para isso, então, a/o psicóloga/o deve levar o comprovante de residência em Porto Alegre ou comprovante de endereço da instituição de atuação ou, ainda, se for profissional autônomo que atende em domicílio, declaração de, ao menos, dois pacientes que residem no município”, explicou a conselheira Roberta ao frisar que a/o profissional que não reside em Porto Alegre, mas trabalha presencialmente na cidade, poderá se vacinar, segundo informação divulgada no site da SMS na segunda-feira.
No decorrer da live, ainda, o Conselho se posicionou a respeito de como está se dando a vacinação como um todo no Rio Grande do Sul e, segundo Cristina Schwarz, é importante fazer uma consideração sobre o problema de fundo da imunização contra a Covid-19. Pois, é justamente por isso que, hoje, há a discussão de grupos prioritários. “Mesmo que a gente saiba que essa escassez de vacina atinge o mundo todo, sabemos, também, que o nosso governo federal não saltou na frente, de forma proativa para construir uma política de vacinação em massa.”, ressaltou, mobilizando a categoria que reconheça a vacinação não como um direito individual, mas sim da coletividade.
A live, transmitida pelo Facebook do Conselho, contou participações pelos comentários e um dos muitos assuntos abordados nas perguntas foi a questão de a nova etapa de vacinação não contemplar todas/os profissionais do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que atuam, também, muitas vezes, na linha de frente contra o coronavírus.
Para a vice-presidenta do CRPRS, algumas/uns profissionais ficaram de fora por não ter ensino superior em cursos considerados da saúde, mesmo que estas/es exerçam funções na área, e isso gera uma espécie de segregação. “É legítimo, por exemplo, que a psicóloga/o da Assistência Social se vacine, mas isso não quer dizer que o problema de todo esse grupo estará resolvido. Porque há outras profissões presentes no SUAS - como pedagogas/os, sociólogas/os, cozinheiras/os e advogadas/os - que lidam, também, com uma população extremamente vulnerável, com trabalhos presenciais e, muitas vezes, com a falta de EPIs adequados.”, lamenta, Cristina.
O vídeo de todo o diálogo, perguntas e respostas da atividade, está salvo no YouTube e Facebook do CRPRS.
Links mencionados na live:
- Autodeclaração da SMS/POA preenchida e assinada - anexo no Plano Municipal de Vacinação atualizado ou em
https://bit.ly/3lFYDGn