O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vai promover, na quarta-feira, 30/10, às 15h, o Diálogo Digital sobre o tema “Psicologia, Assistência Social e situações de calamidades e emergências”. O evento irá reunir especialistas, gestoras/es e comunidade sobre o tema e será transmitido ao vivo pelas redes sociais do CFP (Facebook, Youtube e Instagram). Participe mandando perguntas para comunica@cfp.org.br.
Participam desta edição a diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS/MC), Maria Yvelônia Barbosa; a moradora de Brumadinho e articuladora da população atingida por calamidades e desastres, Marina Paula Oliveira; a psicóloga especialista em emergências e desastre e professora na Universidade Comunitária de Chapecó (SC), Maria Carolina Moech; e Joari Carvalho, psicólogo social na Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social de Suzano – SP.
A cada ano tem havido novas e maiores situações de calamidades públicas e de desastres no Brasil, como chuvas, secas, incêndios, rompimento de barragens, fluxos migratórios e outros para os quais a política de assistência social deve ofertar e promover ações para garantir a proteção social das populações afetadas.
O objetivo deste Diálogo Digital é reunir e discutir contribuições da Psicologia junto a profissionais, gestoras/es e movimentos sociais de populações atingidas por desastres para qualificar e efetivar o Serviço de Proteção em Situações de Calamidades Públicas e de Emergências.
A Psicologia como ciência e profissão tem mantido, ampliado e aprofundado o compromisso com a temática relacionada às emergências e desastres e, atualmente, vem alinhando suas referências com a agenda mundial da Redução de Riscos de Desastres nas ações humanitárias, como também da estruturação das políticas públicas como assistência social, saúde, habitação e outras.
Até bem pouco tempo, o assunto no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) não teve a devida atenção prioritária dos órgãos competentes; mas, por imposição da realidade social em todo o Brasil e, sobretudo, depois dos grandes desastres em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, redes, gestões, conselhos, profissionais, populações, academia, movimentos sociais, órgãos de direitos e outros atores sociais, passaram a se mobilizar sobre o tema e a demandar diversas, complexas e cada vez maiores respostas da rede socioassistencial e da gestão do SUAS.
É importante conhecer e aprimorar diversos serviços vinculados ao SUAS, como também programas, projetos, benefícios e transferência de renda, não só no momento da calamidade, mas também nos desdobramentos posteriores e na organização antecipada para evitar essas situações ou se preparar melhor para outras circunstâncias sob as quais as comunidades estão em risco nos territórios onde vivem.
É importante também afirmar, efetivar e qualificar a política de assistência social presente nas situações de calamidades e de emergências, em conjunto com a estrutura da Política de Proteção e Defesa Civil e outras, como parte de uma estratégia para a garantia integral e integrada de direitos humanos e sociais da população pelas com centralidade nas políticas públicas e com colaboração complementar de assistência humanitária de organizações da sociedade civil, que mantenha no cerne do planejamento, da ação e da avaliação o cuidado tanto com as dimensões subjetivas e psicossociais das comunidades afetadas, como protagonistas e agentes ativos e autônomos sobre suas vidas, quanto com o suporte necessário de educação permanente, estrutura e articulação a profissionais acionadas/os nas respostas imediatas e na gestão de riscos e da redução de desastres.
Fonte: Conselho Federal de Psicologia