Na tarde de 29 de março, o Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul visitou a Penitenciária Regional de Santana do Livramento para acompanhar o cumprimento da Resolução nº 012. A ação integra projeto do Grupo de Trabalho (GT) do Sistema Prisional do CRPRS que irá promover visitas e encontros regionais em todo estado, culminando com um seminário estadual e, assim, construir um diagnóstico situacional sobre o psicólogo e a Resolução nº 012.
O grupo formado por integrantes do GT do Sistema Prisional – as psicólogas Lucia Cogo, Elsa Menezes e Cláudia Freitas – e pelo coordenador técnico do CRPRS, Lucio Fernando Garcia, foi recebido pelo delegado da 6ª Delegacia Penitenciária Regional, Nelson Rahmeier; pelo diretor da Penitenciária, Jorge Rodrigues; além de técnicos que atuam nessa Regional.
“O Conselho Regional de Psicologia, preocupado com as situações dos psicólogos que trabalham no Sistema Prisional, irá promover diversos encontros regionais como esse, para conferir de perto a realidade em que atuam os profissionais e, dessa maneira, buscar aproximação junto à categoria”, explicou Lucio. O grupo conheceu as instalações da Penitenciária e conferiu as condições de trabalho da psicóloga que atua na casa prisional e as condições de tratamento dos cerca de 180 apenados. As questões profissionais, os direitos humanos e a preocupação da casa com os apenados foram os principais pontos avaliados pelo Grupo do CRPRS. “Fizemos uma avaliação baseada em princípios técnicos, analisando todos os aspectos que compõe o tratamento penal. O CRPRS quer ser parceiro das instituições, auxiliando-as a identificar questões pertinentes e ver como o profissional está vivendo a Resolução nº 012, que normatiza a atuação do psicólogo no Sistema Prisional”.
A importância do trabalho da Psicologia junto aos apenados e sua reinserção social também foi salientada pelo diretor da Penitenciária de Santana do Livramento, Jorge Rodrigues. “O trabalho dos psicólogos e dos assistentes sociais é de extrema importância para os apenados, pessoas que estão em conflito. Eles sabem que enquanto estão cumprindo a pena serão tratados”, declarou.
“Ficamos satisfeitos, principalmente com a preocupação da casa com os apenados e com as boas condições das instalações”, afirmou Lucio. No local, os apenados com bom comportamento têm a possibilidade de trabalhar no refeitório ou em outras atividades administrativas da Penitenciária. Porém, foi destacada a necessidade de mais psicólogos para atuarem na região, principalmente para que se cumpra a determinação de diferentes profissionais realizando o acompanhamento e a individualização da pena. A necessidade foi reforçada pelo delegado da 6ª Região, Nelson Rahmeier, “as distâncias entre cada cidade de nossa região são enormes e isso dificulta o deslocamento de profissionais de uma cidade para outra, para conseguir atender todas as demandas”.