A linguagem não deve ser entendida apenas como um sistema de sinais ou a capacidade de expressar sentimentos ou pensamentos. Ela é produto da atividade humana, cuja significação surge na relação com o outro.
É por meio da linguagem que o sujeito se constitui e é constituinte de outros sujeitos. A linguagem é, portanto, uma construção social capaz de estabelecer realidades e identidades distintas.
Neste sentido, a linguagem pode ser inclusiva, mas também pode invisibilizar ou homogeneizar pessoas, grupos ou instituições, já que o não nomeado não existe.
Pensando nisso, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) inicia nesta quinta-feira, 27/01, uma série de debates sobre a temática da linguagem inclusiva.
O primeiro evento acontecerá em 27/01, próxima quinta-feira, de forma virtual, das 16h às 18h. A presidente do CFP, Ana Sandra Fernandes (CRP-13 5496) será a mediadora. O evento contará com a participação da conselheira Alessandra Almeida (CRP-03 003642), do psicólogo Rogério Melo, que atua no acolhimento psicológico de pessoas LGBTTQIA+ e do coordenador do Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rodrigo Borba como debatedores. A atividade será transmitida ao vivo dos canais oficiais do CFP no Youtube e Facebook.
Linguagem inclusiva - próximos eventos
Após o primeiro debate, o CFP realizará mais três eventos para abordar os temas de –“Gênero e Linguagem”,–“Linguagem Não Racista” e –“Linguagem Não Capacitista”
Conheça os currículos das/os debatedoras/es:
- Alessandra Almeida:
Especialista em Psicologia do Trânsito. Especialista em Saúde Coletiva. Formação Clínica em EMDR e em Grupos Operativos de Pichon Riviere, pelo Núcleo de Psicologia Social da Bahia. Mestra em Estudos de Mulheres, Gênero e Feminismo pelo PPG NEIM/UFBA – Saúde Mental de Mulheres Negras e Mobilidade Urbana.
- Rogério Melo:
Psicólogo atuando principalmente no acolhimento psicológico de pessoas LGBTTQIA+, mestre e doutor em Psicologia e Sociedade na Universidade Estadual Paulista (UNESP-Assis-SP) e professor substituto no curso de graduação em Psicologia na UNESP. Ele também é pesquisador das temáticas de gêneros, sexualidades, identidades e políticas de subjetivação e membro do Grupo de Pesquisa Psicuqueer – Psicologias, Coletivos e Culturas Queer e do Catálogo Performance Queer Brasil (SSEX BBOX).
- Rodrigo Borba:
Professor e atual coordenador do Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde orienta pesquisas de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado. Foi ganhador do Prêmio Capes de Teses em 2015. Atuou como pesquisador visitante (Visiting Scholar) na King’s College Universidade de Londres, da Universidade de Birmingham, da Universidade de Oxford sob orientação.
Fonte: Conselho Federal de Psicologia