O Conselho Federal de Psicologia (CFP) lamenta o falecimento de Arrigo Leonardo Angelini, ocorrido na segunda-feira, 29/07.
Ao longo dos anos, Angelini contribuiu significativamente para o desenvolvimento da Psicologia no país. Sua trajetória está profundamente ligada à história da Psicologia, destacando-se por sua atuação no movimento de regulamentação da profissão e no desenvolvimento da Psicologia Educacional, sua principal área de atuação.
O psicólogo participou ativamente da campanha no Congresso Nacional para a aprovação da Lei de regulamentação da profissão e da formação necessária para o exercício profissional em Psicologia no Brasil.
Angelini também foi o primeiro presidente do Conselho Federal de Psicologia, entre 1973 e 1975, e teve o primeiro registro de psicólogo concedido por um Conselho de Psicologia no país. Além disso, figura entre os fundadores do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IPUSP), na década de 1970. Como diretor e vice-diretor do instituto, dedicou especial atenção à biblioteca do IPUSP e à implantação da pós-graduação nas áreas Escolar, Experimental, Social e Clínica, nos níveis de mestrado e doutorado.
Como professor e estudioso dedicado à Psicologia Escolar, Angelini formou muitos doutores que atuam no Brasil e no exterior. Foi catedrático de Psicologia Educacional e chefe do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano (PSA) do Instituto de Psicologia da USP, onde se destacou como pesquisador, administrador e formador de recursos humanos.
Angelini também presidiu a Sociedade Brasileira de Psicologia, a Associação Brasileira de Psicologia e a Sociedade Interamericana de Psicologia (SIP), além de participar de outras atividades associativas.
Homenagens
Em 2012, por ocasião dos 50 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil, a Revista Psicologia: Ciência e Profissão (PCP) publicou uma entrevista com Arrigo Angelini, destacando sua contribuição para a história da Psicologia no país.
Em novembro de 2023, Angelini foi entrevistado pelo CFP para o projeto Memórias da Psicologia, como parte das comemorações dos 60 anos da regulamentação da profissão, ocasião em que foi homenageado com uma placa em reconhecimento à sua atuação e legado.
O Conselho Federal de Psicologia expressa suas sinceras condolências aos familiares, amigos e à comunidade acadêmica neste momento de luto. Arrigo Angelini deixa um legado que será eternamente lembrado na Psicologia brasileira.
Fonte: Conselho Federal de Psicologia