Durante muitos anos, a atenção em saúde mental esteve centrada no modelo manicomial, em que as pessoas perdem suas referências de vida, são excluídas do convívio familiar, do trabalho, do local onde moram, da cidade, perdendo sua cidadania.
A Reforma Psiquiátrica possibilitou que os antigos manicômios começassem a ser substituídos por uma rede de serviços comunitários, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), as Unidades Básicas de Saúde, os Residenciais Terapêuticos, as equipes de Consultório na Rua e de Redução de Danos, os leitos em Hospitais Gerais, as Cooperativas Sociais e os Empreendimentos Solidários.
Apesar disso, a lógica manicomial permanece existindo de diferentes formas. A internação e o isolamento ainda são estratégias de cuidado para usuários de drogas, para pessoas em sofrimento psíquico ou consideradas fora dos padrões de normalidade.
O Conselho Regional de Psicologia (CRPRS) defende a Reforma Psiquiátrica Antimanicomial, pautando suas ações pelos princípios da Luta Antimanicomial, ou seja, a luta por uma sociedade livre de manicômios e que respeite as diferenças. O cuidado deve ser realizado em liberdade, a partir do convívio com a família, amigos e comunidade, por meio de serviços públicos que garantam uma atenção humanizada e promovam a cidadania.
O CRPRS está atento às ações do Estado para defender as conquistas da Reforma Psiquiátrica Antimanicomial e não permitirá retrocessos na Política de Saúde Mental do Rio Grande do Sul.
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