O CRPRS promoveu na quarta-feira, 09/05, o primeiro de uma série de quatro Webinários sobre Atuação da Psicologia em Emergências e Desastres. A atividade, transmitida pelo Canal do CRPRS no Youtube, foi assistida por centenas de pessoas de todo o país e abordou o “Trabalho em Rede”.
Na abertura do evento, a conselheira tesoureira do CRPRS, Maria Luiza Diello, fez a acolhida às/aos participantes refletindo sobre o momento em que vivemos, trazendo números das comunidades atingidas e do impacto dos eventos climáticos para o Rio Grande do Sul. “O que Psicologia, os Governos, e todos nós precisamos fazer agora é ouvir a fúria e a brabeza dos rios e das águas, a respeitar as águas. Não é o momento sobre o que nós, humanos, temos a dizer. É o momento para entendermos o curso dos rios e o que ele tem a nos dizer”, convocou Maria Luiza, em uma fala poética-política, reforçando o quanto precisamos escutar as águas. Já a conselheira presidenta do CRPRS, Miriam Cristiane Alves, ressaltou a atuação do CRPRS neste momento, fazendo aquilo que é sua função precípua: orientação à categoria para atuação em Emergências e Desastres. Destacou a oarceria com outros Conselhos Regionais de Psicologia do país, com os CRPs de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, que estão contribuindo com suas experiências. Míriam também reforçou o convite às/aos profissionais que já estão atuando nos abrigos emergenciais a participarem das Rodas de Orientação, promovidas diariamente pelo CRPRS para acolher e tirar dúvidas. Clique e saiba mais.
Miriane Castilhos Oliveira, coordenadora de Saúde Mental da Secretaria Estadual de Saúde do RS, falou sobre como está sendo feita a organização do trabalho, pensando no atendimento a usuárias/os, trabalhadoras/es e gestoras/es, e na consolidação dos dados dos últimos dias para elaborar o plano inicial de apoio psicossocial de enfrentamento ao desastre. “É muito importante coordenar todas as ações oferecidas para que se otimize recursos e para que tenhamos alinhamento das ações com princípios do SUS e com SES. Por exemplo, nem todas as pessoas precisarão de um atendimento especializados, na maioria dos casos a abordagem coletiva é a mais eficaz e a que gera o melhor retorno no atendimento à população”, avaliou.
A conselheira do CRP MG Cristiane Nogueira, integrante da Comissão de Orientação em Psicologia de Emergências e Desastres do CRP MG, ressaltou a importância do trabalho em Rede e da articulação com as políticas públicas neste trabalho para garantir direitos e promover ações efetivas. “O desastre está em acontecimento e eu vejo exaustão e apreensão, mas muita vontade de permanecer e ofertar cuidado. A ajuda humanitária e voluntária é bem-vinda e necessária, mas precisamos avaliar qual a melhor forma de ofertar este auxilio, respeitando se há condições de biossegurança para atuar, respeitando territórios e rede local”.
Na sequencia foi feita uma roda de conversa com a participação de Victória Gutierrez, conselheira e integrante da Comissão Especial de Psicologia em Emergências e Desastres do CRP RJ, de Renata Miranda, conselheira e integrante da Comissão de Orientação em Psicologia de Emergências e Desastres do CRP MG, e Valéria Correia, colaboradora e integrante da Comissão de Orientação em Psicologia de Emergências e Desastres do CRP MG, que trouxeram suas experiências em atuação em outras situações de emergências e desastres em seus estados.
A mediação da Roda foi de Diego Gonçalo Moraes Gomes, conselheiro e coordenador do GT Psicologia em Emergências e Desastres do CRPRS.