Prorrogado o prazo para o recebimento de textos para a coletânea “Ser e fazer psi: composições do cotidiano de trabalho da Psicologia no sistema prisional”. O envio deve ser feito para o e-mail editais@crprs.org.br até 19/06. A iniciativa é da Comissão de Direitos Humanos e do Núcleo do Sistema Prisional do CRPRS.
A publicação será composta de até trinta textos produzidos a partir de relatos de trabalho, estudos, pesquisas e/ou projetos de intervenção realizados no contexto prisional, considerando a complexidade do cárcere nos seus diversos aspectos e modalidades. Os textos poderão contemplar dificuldades, impasses, desafios, potencialidades, estratégias e análises de contexto construídas ao longo do encontro da/o profissional com este campo.
“Nosso objetivo é propiciar conhecimento e compreensão à categoria e ao restante da sociedade sobre o fazer das/os psicólogas/os que atuam ou atuaram nos estabelecimentos prisionais, para além daqueles papéis corriqueiramente atribuídos (geralmente pelo Poder Judiciário) de avaliação e de acompanhamento individual. A iniciativa também procura valorizar o potencial inventivo e de resistência das/os psicólogas/os nas suas práticas, a produção de saberes e a construção de ferramentas de escuta e intervenção para atuação no contexto prisional”, explica a conselheira vice-presidenta do CRPRS, Maynar Vorga, coordenadora do Núcleo do Sistema Prisional.
Como o encontro com esta realidade afeta a construção de nossas próprias identidades enquanto profissionais psicólogas/os atravessadas/os pelo funcionamento penal nas suas diferentes modalidades e espaços? Quais papéis a Psicologia historicamente ocupou no contexto prisional? Quais ferramentas a profissão veio a construir ou está construindo para dar conta das demandas espontâneas e/ou produzidas neste contexto? Além do conhecimento da Psicologia, quais ferramentas de outros campos do conhecimento precisamos para atuar no contexto prisional? Quais são as vivências e desafios da interlocução com as redes de políticas públicas que buscamos em prol do acesso e da garantia de direitos das pessoas que atendemos? Esses são algumas questões disparadoras que podem ser abordadas nos textos.
Requisitos para submissão
- Serão aceitos textos em língua portuguesa, de autoria ou coautoria de psicólogas/os com registro profissional ativo ou inativo no Sistema Conselhos de Psicologia e que estejam trabalhando ou tenham trabalhado no sistema prisional.
- Serão admitidas co-autoras estudantes desde que estejam realizando estágio de Psicologia em espaço prisional. As estudantes deverão anexar ao email, no momento da submissão do texto, comprovante de matrícula em curso de graduação em Psicologia.
- Serão admitidas/os co-autoras/es de outras profissões desde que ao menos uma/um das/os autoras/es tenha registro profissional ativo no Sistema Conselhos de Psicologia e esteja trabalhando ou tenha trabalhado no sistema prisional.
- Para efeitos desta coletânea será considerado como trabalho no sistema prisional aquele que for realizado em qualquer âmbito de cumprimento de pena, tais como o de regime fechado, semiaberto, aberto, de medida de segurança, de penas alternativas e de monitoramento eletrônico, além daqueles de luta coletiva em defesa do fazer da Psicologia no âmbito prisional, tais como o próprio Núcleo do Sistema Prisional do CRPRS, a Associação dos Técnicos Superiores Penitenciários do Rio Grande do Sul (Apropens) ou o Sindicato dos Servidores Penitenciários do Rio Grande do Sul (Amapergs).
- Cada autora/or poderá submeter até dois textos de sua autoria ou co-autoria.
- Os textos deverão ser submetidos no período indicado no Cronograma, encaminhados ao endereço eletrônico editais@crprs.org.br com o Assunto “submissão para a coletânea Ser e fazer psi: composições do cotidiano de trabalho da psicologia no sistema prisional”. Esse endereço eletrônico poderá ser utilizado para comunicações adicionais referentes a esta chamada.
- A redação e formatação deverá seguir as seguintes diretrizes:
- Na primeira página, deve estar identificado o título em letras maiúsculas e alinhamento centralizado, seguido da identificação das/os autoras/es (nome completo, titulação, instituição, número do registro profissional se psicóloga/o ou nome da instituição de ensino se estudante de Psicologia) e o endereço eletrônico de cada autora/or para correspondência;
- O texto deve apresentar entre 3 e 8 páginas, incluindo notas e referências;
- O corpo do texto deve ter espaçamento 1,5 entre linhas, fonte Times New Roman corpo 12, alinhamento justificado, margens de 2,5 cm, e formato de arquivo compatível com o processador de texto Word (“.doc” ou “.docx”);
- As referências devem seguir as diretrizes estabelecidas pela American Psychological Association (APA);
- Notas de rodapé devem ser colocadas de modo automático, ao pé da página, alinhamento justificado, e devem ser usadas para fazer comentários, explicações ou indicações complementares sobre um determinado assunto;
- Poderá ser admitida a utilização de 1 (uma) imagem por texto, caso em que esta deve ser integrada ao arquivo do texto, estar em formato eletrônico, em alta resolução (300 dpi), com legenda centralizada abaixo da imagem que contenha, quando for o caso, referência imediata, fonte ou autoria;
- O texto poderá estar amparado em citações de obras e autoras/es ou outros referenciais teóricos, literários, artísticos considerados importantes para a sua composição.
- Para dar maior visibilidade para mulheres autoras e pesquisadoras citadas no texto, pede-se que, na primeira vez que estas forem citadas, seus nomes sejam escritos usando pelo menos o primeiro nome e último sobrenome, por exemplo: “Grada Kilomba”;
- Por defendermos uma produção textual inclusiva e não sexista, poderá utilizar-se o gênero feminino, masculino ou neutro para se referir às pessoas em geral, mas deve ser evitada a utilização de “@”, “x” e outros símbolos que possam dificultar a leitura, especialmente de pessoas com deficiência e/ou que utilizam ferramentas digitais de acessibilidade, tais como transcrição para o Braille ou conversão de texto em voz.
Dos critérios para análise
- Os textos serão submetidos à análise de uma Comissão avaliadora constituída especialmente para este fim, composta por integrantes da Comissão de Direitos Humanos, do Núcleo do Sistema Prisional, da Comissão de Orientação e Fiscalização, da Área Técnica do CRPRS e de relatoras/es ad hoc.
- O processo de avaliação do texto dependerá da observância das normas editoriais e dos pareceres técnicos da Comissão Avaliadora quanto à pertinência de sua publicação e sua contribuição ao objetivo da coletânea.
- Os membros da Comissão Avaliadora poderão, em seus pareceres, aceitar integralmente, solicitar modificações necessárias ou mesmo rejeitar o texto quando não responder às expectativas da coletânea.
- A partir da análise por parte dessa comissão serão selecionados até 30 textos para a coletânea.
Em caso de o número de textos exceder o limite da coletânea, a Comissão Avaliadora poderá estabelecer critérios classificatórios dentre os textos que receberam parecer favorável, a fim de selecionar os 30 com pontuação mais elevada.
- Serão considerados os seguintes critérios na avaliação dos textos: 1) originalidade; 2) pertinência da escrita em relação à formação e/ou atuação profissional e à temática da coletânea; 3) qualidade da escrita; 4) articulação da relação teórico-prática.
- Serão considerados critérios de exclusão:
- Exposição e identificação de pessoas nos relatos;
- Narrativas cuja apresentação não esteja fundamentada em análises e reflexões;
- Textos que violem o Código de Ética Profissional da/o Psicóloga/o e/ou demais Resoluções da Profissão;
- Exposição de conceitos ou ideias que não contribuam para o avanço da construção de conhecimento acerca do fazer da Psicologia no contexto prisional.
- Em caso de aprovação, as/os autoras/es deverão encaminhar um termo de cessão dos direitos autorais ao Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul - 7ª Região, com base em modelo a ser disponibilizado pela Autarquia.
- Conceitos e opiniões expressos nos textos, assim como fonte das citações, são de exclusiva responsabilidade das/os autoras/es.
A previsão de lançamento da publicação será em agosto de 2022.
Disposições gerais
- A coletânea será publicada a partir da conclusão das etapas do processo editorial.
- A publicação da coletânea não será objeto de qualquer espécie de comercialização ou enriquecimento. Esta condição não exclui a responsabilidade das/dos autoras/es pela produção pessoal do trabalho, tais como a caracterização de quaisquer figuras antijurídicas, entre elas a do plágio; da mesma forma, as/os autoras/os devem atentar às disposições da Lei nº 9.610/98, bem como de qualquer outra de natureza cível ou penal que se aplique. No que couber, deverão ser respeitados no conteúdo os requisitos éticos e técnicos, conforme a legislação vigente.
- As/os autoras/es da coletânea não fazem jus a qualquer tipo de pagamento ou ressarcimento pela produção e consequente publicação do trabalho.
- Após publicação, a coletânea ficará disponível no site do Conselho Regional de Psicologia do RS.