A atividade “Outros caminhos possíveis – encontro de psicólogos/as que atuam na área de trânsito”, realizada na sexta-feira, 13/03, na sede do CRPRS, levantou questionamentos e sugestões de profissionais de diversas regiões do estado.
De acordo com o coordenador da Área Técnica do CRPRS e representante do Conselho Federal de Psicologia (CFP) no Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Lucio Fernando Garcia, um dos objetivos da atividade era “repensar o lugar do/a psicólogo/a para além da testagem pericial, para que sejam discutidas questões de políticas públicas e de organização das cidades”.
A remuneração recebida por psicólogos/as que atuam nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) foi um dos assuntos discutidos no evento. Em alguns casos, os valores são inferiores ao mínimo que consta em tabela do Conselho Federal de Psicologia. Lucio Fernando Garcia esclareceu que a tabela com os valores de referência nacional de honorários do CFP é referencial e não é, portanto, obrigatória sua adoção pelos CFCs.
Outro apontamento feito pelos profissionais presentes dizia respeito à necessidade de reavaliação psicológica de condutores após a emissão da carteira de habilitação. Foi explicado, porém, que um projeto nesse sentido, de autoria do senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), tramita do Senado Federal.
A desunião da categoria foi apontada como uma das razões para a desvalorização do/da psicólogo/a. Profissionais sugeriram uma união entre Sindicato e CRPRS. A presidente do Conselho, Alessandra Miron, explicou que ambos vêm atuando juntos na mobilização da categoria e na busca por valorização do trabalho, mas destacou que a parceria tem um limite: “O sindicato só se move a partir de sindicalizados”, concluiu.
Uma nova data para reunião será definida e divulgada em breve. A proposta é continuar os encontros para identificar quais as demandas dos/das psicólogos/as que atuam na área de trânsito.