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Notícias

Trabalho e Organizações

28/03/2024

Sexismo é tema deste mês da campanha sobre violências no contexto laboral

Dando sequência à campanha “Conscientização e enfrentamento às violências no contexto laboral”, organizada pela Comissão de Psicologia Organizacional e o Trabalho (CPOT), o tema em destaque neste mês é sexismo. A iniciativa tem o objetivo de sensibilizar a categoria sobre o enfrentamento às diferentes formas de violências praticadas no contexto organizacional e do trabalho, bem como orientar sobre os encaminhamentos possíveis diante de práticas de violência.

Sexismo é um tipo de violência que se refere à discriminação fundamentada no sexo ou no gênero. É baseado no pressuposto de que algumas pessoas - em sua maioria mulheres e LGBTs - são inferiores. Por esse motivo, o sexismo é particularmente documentado afetando mulheres e pessoas LGBTQIA+. Seus principais vetores de opressão são o machismo e a LGBTfobia, comportamentos caracterizados por atitudes que, física ou psicologicamente - afetam de maneira negativa na saúde de mulheres e pessoas LGBTQIA+.

No contexto laboral, o sexismo pode ocorrer a partir de práticas de desvalidação e opressão. Nessa perspectiva, há comportamentos específicos em relação às mulheres que são caracterizados como sexismo. Você conhece o conceito de “bropriating”? Trata-se de um comportamento muito comum, especialmente dentro do mundo acadêmico e corporativo. É uma forma de violentar a mulher a partir do constrangimento e silenciamento. O bropriating acontece quando o homem se apropria das ideias de uma mulher sem dar os devidos créditos a ela. Embora não seja tão difícil de perceber esse contexto de violência, muitas vezes esse comportamento - reforçado pelo machismo - passa despercebido nas instituições.

Além disso, mulheres sofrem com frequência no ambiente de trabalho por meio de interrupção frequente de suas falas (ato conhecido como “manterrupting”), ataques à sua capacidade intelectual, manipulação masculina visando atingir sua autoestima, sobrecarga devido à dupla/tripla jornada, discriminação por conta da maternidade, desigualdade salarial e de funções.

O impacto prejudicial do sexismo é agravado quando relacionamos a ele interseccionalidades de raça, por exemplo. Soma-se a categoria analítica gênero a discriminação racial sofrida pelas mulheres e pessoas LGTBQIA+ negras, que são obrigadas a lidar com a violência do racismo em seus cotidianos.

Fruto da colonialidade, a binaridade de gênero pauta maneiras, modos e condutas de cada ser humano a partir de suas condições biológicas de nascimento. No entanto, como psicólogas/os temos o compromisso ético de não categorizar como patologias expressões de gênero não cisgêneras e as orientações não heterossexuais. A Resolução CFP nº 01/2018 em seu Art. 8º menciona: "é vedado às psicólogas e aos psicólogos, na sua prática profissional, propor, realizar ou colaborar, sob uma perspectiva patologizante, com eventos ou serviços privados, públicos, institucionais, comunitários ou promocionais que visem a terapias de conversão, reversão, readequação ou reorientação de identidade de gênero das pessoas transexuais e travestis".

O sexismo enquanto movimento que se retroalimenta a partir do patriarcado, corrobora com a estrutura machista da sociedade. Nesse sentido, a Psicologia é convocada a se posicionar sobre o tema, promovendo abordagens que combatam todo e qualquer tipo de opressão. Em nossa atuação profissional, é importante estarmos atentas/os a episódios sexistas envolvendo machismo e LGBTfobia. Também é imprescindível a promoção não apenas de um ambiente saudável e seguro para que as mulheres e pessoas LGBT possam se sentir confortáveis para denunciar essas situações, mas também campanhas e ações de conscientização e de combate ao sexismo.

Saiba mais sobre a campanha em crprs.org.br/violenciasnotrabalho.




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