A psicóloga fiscal do CRPRS Lúcia Cogo participou nos dias 17, 18 e 19 de junho do [b]Seminário Nacional de Psicologia e Diversidade Sexual: Desafios para uma sociedade de direitos[/b] em Brasília (DF). O objetivo do evento, que reuniu os 17 Conselhos Regionais e Federal de Psicologia, foi promover a socialização de experiências e debater as demandas e diálogos com a categoria sobre as relações entre Psicologia e diversidade sexual.
Entre os temas discutidos estavam os Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, Psicologia e Sexualidade, Psicologia e Religião, Família e Adoção por Homossexuais, Homofobia e as Diretrizes Éticas da Psicologia. Foi abordada também a Resolução nº1/1999 do CFP, a primeira a estabelecer normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual. A resolução prevê que a atuação profissional não deve abordar a homossexualidade como patologia ou executar “terapias de reversão”, mas sim como uma das sexualidades possíveis.
O combate à homofobia é uma marca da atuação do Sistema Conselhos. Em 2008, o CFP lançou a cartilha [i]“Adoção, um direito de todos e todas”[/i], na qual são apresentados os argumentos necessários e importantes na luta pelos direitos LGBT não apenas aos psicólogos, mas também a outros profissionais, a respeito do desenvolvimento da criança e adolescente em lares de famílias de modelo homoafetivo.
“A Psicologia tem uma dívida a resgatar com a sociedade, refletindo sobre práticas diferenciadas e por um olhar mais amplo frente à sexualidade. A área não vê a homossexualidade como uma doença ou desajuste, mas apenas como uma variante da orientação sexual. Os profissionais devem acolher e escutar aqueles com sofrimento psíquico causado pelo preconceito”, enfatiza Lúcia Cogo. A psicóloga ainda chama a atenção para a necessidade de as faculdades de Psicologia incluírem disciplinas que abordem a diversidade de gênero na sua formação curricular.