As psicólogas autoras dos trabalhos vencedores da I Mostra Regional de Práticas em Psicologia – A Técnica Aliada À Arte – “50 anos de História”, realizada em agosto pelo CRPRS, integraram a programação da 2ª Mostra Nacional de Práticas em Psicologia.
Lucia Karam Tietboehl levou algumas peças em papel machê produzidas no Laboratório de Reciclagem da Gráfica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul descritas no trabalho “A atividade artística reciclando olhares: o trabalho de adolescentes em medidas socioeducativas na gráfica da UFRGS”. “Através da atividade artística recicla-se papéis, relações e olhares: o olhar que os jovens têm sobre as possibilidades de trabalho, a partir da apresentação de uma atividade laboral que dá espaço à singularidade e ao processo criativo de quem trabalha; o olhar sobre os próprios jovens, que vivenciam de formas diferentes os novos vínculos que constroem; o olhar sobre as relações institucionais da Gráfica, que passam a ser problematizadas, e ainda o olhar sobre as próprias políticas públicas juvenis”, descreve Lúcia.As peças foram expostas no estande do CRPRS na área de Economia Solidária da 2ª Mostra Nacional de Práticas em Psicologia, realizada de 20 a 22 de setembro em São Paulo/SP.
Os trabalhos de Barbara Neubarth e Gislei Lazzarotto integraram a programação das OCAS, espaço criado na 2ª Mostra Nacional para exibição de vídeos que revelam práticas.
O trabalho “O Tapete Voa-Dor”, de Barbara Neubarth, mostrou prática realizada com o intuito de reunir frequentadores e trabalhadores de saúde em uma oficina de artes no Hospital Psiquiátrico São Pedro, em torno do bordado coletivo de um tapete. “Queríamos produzir um tapete que levasse embora dores da alma, dores do abandono, da perda do filho que morreu ou que foi perdido para as drogas, da perda do emprego, do amigo, de ter se dado pela conta que a vida passou - essas dores que exigem terapêuticas muito especiais”, explica Barbára.
Já o trabalho “Estação Mergulho: Encontros Juvenis e Formação”, de Gislei Lazzarotto, é constituído por um vídeo que emerge no âmbito da formação em psicologia, no percurso do trabalho docente em aprendizagens de extensão acadêmica com políticas públicas da infância e juventude. “Neste trabalho, surge a demanda da equipe de extensão de narrar sua experiência como modo de compartilhar sentidos de um fazer marcado pelo insistente combate político e ético, na ruidosa escuta cotidiana de histórias juvenis brasileiras. Entre palavras e experiências o “Vídeo Mergulho” (d)enuncia a singularidade de um modo de aprender que se faz dos sentidos produzidos nas relações que afetam a vida e solicitam a expansão da escuta”, revela Gislei.
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