A publicação – organizada a partir de uma chamada pública para a submissão de textos por psicólogas/os/es e estudantes de Psicologia – celebra a caminhada da categoria junto às mulheres, priorizando a análise das desigualdades de gênero interseccionalizadas com outros marcadores sociais como raça e etnia, orientação sexual, identidade de gênero, classe social, deficiências, geração e territorialidade.
Os textos demonstram que a Psicologia de hoje avança no questionamento das normas de gênero patriarcais e cisheteronormativas, das identidades e relações sociais, afetivas e sexuais hegemônicas; defende a autonomia das mulheres sobre seus corpos e o enfrentamento de diversas desigualdades sociais; desnaturaliza os saberes psicológicos a partir da crítica feminista às ciências androeurocêntricas, positivistas e colonialistas.
A luta pela equidade de gênero, para contemplar todas as mulheres, deve ser antimanicolonial, antirracista, anticapacitista, deve combater o binarismo de gênero e contemplar as sexualidades que atravessam a vida das mulheres, deve desconstruir sua branquitude e deixar-se atravessar pelas pautas indigenistas, pelo direito à moradia, à terra e ao território, pela relação com os saberes tradicionais.
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